⚠️ Atenção aos Sinais: Adolescência, Mundo Digital e Riscos Invisíveis
- Luciana Mello
- 7 de abr.
- 4 min de leitura
Atualizado: 11 de mai.
A adolescência é um período de intensas transformações cognitivas, emocionais e sociais. É uma fase marcada pela busca de identidade, pertencimento e maior autonomia, mas também por fragilidades importantes, especialmente diante dos desafios do mundo digital.
A minissérie britânica Adolescência (Netflix) apresenta um retrato impactante sobre como adolescentes se comunicam nas redes sociais por meio de códigos, siglas e emojis. Esses elementos, aparentemente inofensivos, muitas vezes escondem conversas sobre temas delicados como violência, autolesão e comportamentos extremistas, o que exige atenção redobrada de pais, educadores e profissionais da saúde.
Essa preocupação também foi pauta de uma reportagem recente do programa Fantástico, que mostrou a atuação de policiais infiltrados em plataformas como o Discord, com o objetivo de identificar e combater crimes contra menores de idade. Esses ambientes digitais, embora populares entre os jovens, muitas vezes escapam do radar dos adultos, tornando-se zonas de risco invisíveis.
📌 O alerta é claro aos riscos invisíveis na adolescência:
Excesso de telas
Conflitos familiares não elaborados
Isolamento social
Bullying
Os riscos invisíveis são fatores que exigem atenção constante. Pesquisas nas áreas da psicologia e da educação mostram que a ausência de vínculos significativos e de acompanhamento afetivo favorece o surgimento de condutas de risco na adolescência, como envolvimento com conteúdos violentos, autolesão ou aliciamento por grupos extremistas.
O tempo prolongado diante das telas tem consequências reais para o cérebro adolescente. A luz azul emitida por celulares e computadores, principalmente durante a noite, afeta a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono, causando insônia, irritabilidade e fadiga.
Além disso, estudos em neurociência revelam que o uso contínuo de redes sociais e jogos digitais ativa os circuitos de dopamina no cérebro, o mesmo neurotransmissor envolvido em mecanismos de vício. Esse estímulo constante gera um ciclo de recompensa imediata que dificulta o controle do tempo de uso e prejudica a concentração, o aprendizado e a saúde emocional.
💬 Como agir no mundo digital e com os riscos invisíveis?
Como psicopedagoga, reforço que o apoio a esses jovens exige:
✅ Escuta sem tabus;
✅ Diálogo aberto;
✅ Orientação firme; ✅ Educação Digital; ✅ Limites claros e consistentes.
Mais do que controlar, é importante compreender o mundo digital que os adolescentes habitam e construir pontes de confiança para que se sintam seguros em compartilhar dúvidas, medos e experiências.
🎥 Produções como Adolescência oferecem oportunidades valiosas para refletirmos sobre temas difíceis de forma acessível, promovendo discussões saudáveis em família, na escola e entre profissionais que atuam com essa faixa etária.
O diálogo de confiança com os filhos não começa na adolescência, ele é construído desde cedo, na rotina, no olhar atento e na escuta verdadeira. É na infância que a base dessa conexão se fortalece, com afeto, limites claros e liberdade para expressar sentimentos.
Na adolescência, quando surgem sinais de vulnerabilidade emocional, como tristeza persistente, isolamento, ansiedade, irritabilidade ou desmotivação, essa conexão se torna ainda mais importante.
A família precisa ser o porto seguro, não o lugar da cobrança ou julgamento. Mais do que soluções rápidas, o adolescente precisa de acolhimento, segurança e alguém que o enxergue de verdade. Em momentos de sofrimento psíquico, como indícios de depressão ou crises de ansiedade, o vínculo construído ao longo da vida pode ser o que o impede de se calar ou de se perder em si mesmo.
Em casos de suspeita ou exposição a riscos no ambiente digital, procure ajuda. Se você é responsável por um adolescente e tem dúvidas sobre como agir, não hesite em buscar orientação. Existem profissionais preparados para te apoiar: educadores, psicólogos, advogados, conselhos tutelares e também a Polícia, que possui delegacias especializadas em crimes cibernéticos.
Ninguém precisa enfrentar isso sozinho. Agir com responsabilidade pode proteger vidas.
O uso excessivo da internet interfere diretamente no amadurecimento emocional dos adolescentes. Eles ainda estão desenvolvendo sua capacidade de autorregulação, empatia e pensamento crítico. Ao passarem muitas horas conectados, acabam se afastando das interações reais, que são essenciais para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Além disso, a hiperestimulação causada pelas redes com excesso de informações, notificações constantes e recompensas rápidas pode gerar ansiedade, dependência digital e até dificuldades de atenção e concentração na escola.
Essa realidade é ainda mais delicada em adolescentes emocionalmente fragilizados, que buscam na internet uma fuga do mundo real. Muitos se refugiam nesse "mundo paralelo", com linguagem própria, códigos e regras informais que escapam ao radar dos adultos.
O risco aumenta quando há um choque de gerações, pais analógicos, que não compreendem completamente esse universo digital, e filhos digitais, que usam a tecnologia como extensão de si mesmos.
Em caso de emergência, ligue 190.
Para registrar um boletim de ocorrência online, acesse: www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br
Estive no Estúdio Câmara da TV Câmara Campinas, para conversar sobre um tema urgente: Adolescentes, os riscos e cuidados com a Internet, inspirado na série Adolescência, da Netflix.
Falamos sobre os impactos do uso excessivo das redes sociais, a exposição a conteúdos inadequados, a importância da mediação dos responsáveis e como podemos preparar nossos jovens para um uso mais consciente e seguro da internet.
Assista ao programa completo aqui:
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🔗 Assista:

Eu sou Luciana Mello,
Pedagoga com especializações em Psicopedagogia, Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis - ABA) e Relações Interpessoais, e com mais de 20 anos de experiência, meu trabalho é guiado pelo respeito à singularidade de cada indivíduo, integrando os aspectos cognitivos, emocionais e sociais.
Acredito no desenvolvimento pleno de crianças, jovens e adultos, considerando sua totalidade. Para promover um crescimento integral e harmonioso, utilizo práticas que acolhem e valorizam o potencial de cada um, oferecendo um atendimento personalizado e humanizado.
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